Publicado em: qui, 16/01/2020 - 14:36
Tudo muda o tempo todo. A vida é assim. Nossas empresas também. Entretanto, mudar é um dos grandes medos do ser humano. A maioria de nós simplesmente tem pavor de mudança. É contraditório porque afinal mudar é preciso, mas muitas vezes eu, você, nós tentamos não aceitar a mudança. É como remar contra a maré o tempo todo. E remamos com muita força para evitar a todo custo que as mudanças ocorram.
Em tempos de crise, como a que vivemos, mudança é a palavra de ordem. Inclusive para sair da crise. Mudanças são naturais e essenciais para as empresas crescerem. Mudar faz bem!
Diante dessa necessidade das empresas, fica a questão – como contornar as resistências à mudança?
Para começar, reconhecer a necessidade de mudar já é o primeiro desafio a ser enfrentado. Depois precisamos definir estratégias eficazes que possam amenizar resistências, pois são fundamentais para o sucesso da implantação de qualquer mudança.
O processo de adaptação deve ser rápido, mas sempre levando em conta o mínimo de desgaste durante o procedimento.
Não devemos subestimar a capacidade que as pessoas possuem para resistir a qualquer tipo de mudança. O que poderia ser uma coisa boa e produtiva para todos pode se tornar um prejuízo grande e um desgaste para imagem da empresa.
A maior causa do insucesso na implantação de mudanças ocorre em razão destas resistências internas. Estudos recentes indicam que o índice de sucesso das mudanças é de apenas 1/3. O que convenhamos é muito baixo.
A principal causa deste percentual é creditada às pessoas, que criam zonas de conforto e sentem-se ameaçadas por qualquer coisa que possa atingir essa “segurança“.
Outro fato é que, toda vez que uma empresa passa por este tipo situação e fracassa, acaba por marcar negativamente a sua credibilidade, gerando falta de confiança junto aos colaboradores.
Para entendermos melhor, vamos analisar um exemplo muito comum na hierarquia das empresas em processo de mudança. Pense em um colaborador que durante anos trabalhou com um determinado equipamento. O conceito que tem sobre si mesmo é de um profissional competente e seguro de seus conhecimentos. Mas a partir do momento em que a empresa quer colocar um novo equipamento na área, com sistema mais avançado, isso passa a ser uma ameaça. Este colaborador sente a perda do status, do conforto, do controle sobre seu dia a dia diante da novidade, da mudança.
Para piorar, imaginemos que um novo colaborador, parte da mesma equipe, que por possuir um conhecimento avançado em tecnologia, sente-se muito a vontade com as mudanças. Inevitável que o primeiro, se sentindo ainda mais inseguro, crie uma resistência à implantação do sistema. Com isso teremos um grande problema interno.
É extremamente importante levarmos em conta no momento do planejamento de qualquer mudança, quais serão as estratégias a serem utilizadas para neutralizar as possíveis resistências. O que pode ser a diferença entre sucesso ou fracasso.
Por Márcia Canullo Ribeiro
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