Acionista minoritário pede informações sobre contratos da TIM

A JVCO Participações, acionista minoritário da TIM, solicitou a auditores independentes da PricewaterhouseCoopers informações sobre processos licitatórios e contratos firmados pela operadora com as empresas Value Partners Management Consulting, Between S.p.A. e Onda Communication durante a gestão do ex-presidente da TIM no Brasil Luca Luciani.

O executivo deixou a companhia no ano passado. Rumores divulgados pela imprensa italiana e brasileira apontaram acusações de fraude, feitas pelo Ministério Público de Milão, como os motivos de seu afastamento. 

Segundo comunicado da JVCO, as empresas participantes dessas licitações - que prestaram serviços de consultoria e fornecimento de modems e telefones celulares para a TIM entre 2009 e 2012 - são de origem italiana e geridas por ex-executivos da Telecom Italia.

Em correspondência datada de 25 de janeiro, dirigida a Andrea Mangoni, atual presidente da TIM, a JVCO, do empresário Nelson Tanure, defende a necessidade de verificação dessas contratações. De acordo com a JVCO, as revisões nas contas da TIM realizadas pelos escritórios Davis Polk & Werdwell e Veirano Advogados e pela Deloitte Touche Tohmatsu se limitaram apenas à dinâmica do funcionamento dos cartões pré-pagos no Brasil.

A solicitação do acionista minoritário da operadora é mais um round em uma briga iniciada no ano passado.  Em outubro de 2012, JVCO apresentou denúncias contra a empresa italiana ao âmbito da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e na Securities and Exchange Commission (SEC), órgão regulador do mercado de capitais nos Estados Unidos.

As denúncias estariam relacionadas às provisões para perdas constantes nas demonstrações financeiras da TIM, que seriam insuficientes para os questionamentos tributários que a companhia enfrentaria, segundo a JVCO. As ações da empresa despencaram no começo daquele mês após a denúncia.

Tanure passou a ser acionista da TIM em 2009, após vender à italiana o controle da operadora Intelig. A negociação não envolveu pagamento em dinheiro, mas em ações.

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