Amamentar todos os recém-nascidos poderia salvar 830 mil vidas por ano

Todas as crianças devem fazer aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade, segundo a recomendação da Organização Mundial de Saúde. Na prática, entretanto, muitas crianças sequer chegam a receber leite materno após o nascimento, atitude que poderia salvar 830 mil vidas por ano. A informação faz parte de um relatório divulgado ontem (18) pela organização independente Save The Children.

No relatório, as quatro principais barreiras da amamentação listadas foram: comunidade e pressões culturais, escassez de profissionais da saúde, falta de legislação nas maternidades e fabricantes de substitutos do leite e suas poderosas máquinas de marketing.

Além disso, poucas mães conhecem a importância do primeiro aleitamento do recém-nascido, que fornece matéria-prima para o fortalecimento do sistema imunológico da criança. Quanto mais cedo uma mãe começa a amamentar, maior a probabilidade de cultivar o hábito até os seis meses de vida do bebê.

Mesmo assim, o aleitamento materno continua abaixo do esperado, englobando apenas 40% das crianças. Segundo a presidente da organização, Carolyn Miles, a amamentação é a forma mais efetiva de reduzir a mortalidade infantil, mas é necessário derrubar alguns mitos sobre ela para o hábito se tornar comum a todas as mães.

Um dos mitos, listado no relatório, é a ideia de que o colostro - leite secretado nos primeiros dias após o parto - é sujo e deve ser desprezado. Ele é nutritivo e, sem dúvida, é o melhor alimento para o recém-nascido.

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