As habilidades necessárias para um salto de carreira em 2014

A demanda por habilidades comportamentais muda de acordo com a evolução do profissional. O que o leva a uma promoção hoje pode não ser mais tão necessário quando você for um veterano de carreira.

É que, conforme explica Alexandre Rangel,  sócio fundador da Alliance Coaching, cada etapa da trajetória pede atitudes específicas para quem está em busca de ascensão profissional. Confira  quais são os comportamentos que devem ser desenvolvidos em três estágios de carreira, segundo o especialista:

Para quem está buscando uma primeira promoção para gerente:

1 Capacidade para conseguir enxergar o todo, e não apenas parte do processo
“Eu sempre falo que um técnico nota 10 pode vir a ser um gerente nota 1 se ele não desenvolver as habilidades necessárias para exercer a função”, diz Rangel.
O primeiro ponto, explica, é ampliar a percepção. “Como o funcionário no nível operacional executa a tarefa em si, muitas vezes não entende a dinâmica inteira da empresa”, diz.
A dica é passar a prestar atenção no funcionamento da estrutura do seu departamento e de toda a empresa. Comece decifrando o caminho e o efeito dos habituais relatórios (ou documentos) que você produz, por exemplo.

2 Perceber problemas e suas implicações
Identificou um problema? Antes de bater à porta do chefe, dedique alguns minutos para a sugestão de soluções baseadas nas implicações daquela situação.

3 Apontar alternativas de soluções
“Ao começar a perceber as implicações dos problemas é possível apontar alternativas e soluções”, diz Rangel. Ou seja, pensar nas possíveis consequências do problema identificado é aumentar as chances de propor soluções mais efetivas.

4 Habilidade em relações interpessoais
Além de desempenhar bem a função, é preciso se relacionar bem no escritório e tentar ganhar a admiração de pares e superiores por meio do comportamento. “Quando o profissional coloca seu foco apenas na sua capacidade técnica, chega a um ponto em que a admiração pela sua competência se esgota”, explica Rangel. Se o objetivo é conquistar o primeiro cargo de gestão, a atitude e o traquejo social devem ser fortalecidos.

5 Capacidade para dar objetivos para a equipe e para identificar necessidades de melhor preparação do time
Uma equipe pressupõe um objetivo comum a ser atingido a partir do esforço de todos os seus membros. Se um acerta todos ganham, se um erra, todos perdem. O desafio para o gestor de primeira viagem é ter a habilidade em partilhar este objetivo com a equipe prepara-la para a meta seja atingida. “Do contrário, vai começar a fazer o que não deve que é colocar a mão na massa em vez de capacitar os membros da equipe para executar as tarefas”.

6 Auxiliar na organização e no planejamento dos trabalhos
A disponibilidade para ajudar a equipe a atingir os resultados é outra atitude que deve ser praticada neste estágio de carreira. “É dedicar tempo para enxergar processos mais eficazes”, diz Rangel.

7 Motivar as pessoas
“O gerente deve estar atento para ações que devem ser feitas e não são, como, por exemplo, o reconhecimento por um bom trabalho ou usar mais a frase ‘preciso da sua ajuda’ em vez de dar uma ordem”, diz Rangel.
Tratamento cordial e humildade também são maneiras mais efetivas de promover um clima agradável no escritório, o que consequentemente, motiva a equipe.
4 Promover sempre inovação
Mais importante do que ter boas ideias é promover um ambiente propício ao surgimento de práticas inovadoras, diz Rangel. Segundo o especialista, isso se faz a partir da abertura para críticas e mudanças. “O gerente precisa ter os ouvidos abertos e estimular as pessoas a darem ideias”, diz.

8 Ser mais flexível
“Eu sei tudo”, “não discuta comigo” são algumas das frases que muitos profissionais devem já ter ouvido de seus chefes veteranos. “Eu já vi um executivo dizer em uma reunião que, por ser diretor ele era o mais inteligente de todos naquela reunião”, conta Rangel.
Portanto, a palavra de ordem para os executivos mais experientes é flexibilidade. “Eles precisam entender que não lidam mais com uma geração servil que dava importância à quantidade de anos na mesma empresa”, diz.

9 Dedicar mais tempo na explicação da razão de fazer o trabalho
Qual o propósito de solicitar determinada tarefa aos subordinados? Em vez de apenas dizer o que deve ser feito, o gestor deve explicar também qual a razão daquela demanda, segundo Rangel.

10 Focar mais em resultados, e menos em regras e tradições
Se um jovem analista sente-se mais concentrado ao ouvir música enquanto elabora um relatório, qual a razão de proibir? Se os funcionários ficarão mais motivados com a opção de trabalhar em esquema de home-office uma vez por semana, por que não aderir?
A atenção do gestor deve sempre estar voltada aos resultados produzidos pela equipe e não no estrito cumprimento de normas que podem muitas vezes estar deslocadas do contexto atual, explica Rangel.

11 Transmitir conhecimento e não experiência
“As pessoas querem a chance de passar pelo aprendizado, pela prática da tentativa e erro”, lembra Rangel. Lembre-se: os mais jovens querem conhecimento, mas também querem ter suas próprias experiências, dê a chance.

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