Figurar nessa lista já é, em si, uma glória. Mas os brasileiros Fernando Codá, de 33 anos, e Artur Ávila, de 34, candidatos ao prestigioso prêmio Fields, o Oscar da matemática, têm motivos para uma dose extra de empolgação.
São boas, muito boas, as chances de eles levarem a estatueta para casa - ou melhor, as medalhas. São quatro, entregues a cada quatro anos a matemáticos de até 40 anos que tenham surpreendido a academia com resultados inéditos e revolucionários.
A cerimônia será no ano que vem, na Coreia do Sul, depois do encerramento do Congresso Internacional de Matemáticos (Codá foi convidado a proferir uma das palestras do encontro, algo que Ávila também fez em 2010, quando figurou como único palestrante brasileiro).
Os Estados Unidos, com catorze medalhas, são os grandes campeões dessa competição. A França vem logo depois, com dez vitórias, seguida pela Rússia e pela Inglaterra, ambas com seis.
Como o Brasil, país sem nenhum destaque nas ciências exatas, entrou nesse clube? A resposta está aos pés do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, no prédio do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), o centro de estudos onde os alunos se formaram e onde, brincam eles, só entra quem não é muito normal.
Conheça o curso online Didática da Matemática