Braskem congela novos projetos de plástico "verde" em 2013

A Braskem, braço petroquímico da Odebrecht, pretende ser mais cautelosa em novos investimentos em 2013. Segundo Carlos Fadigas, presidente da empresa, projetos de novas fábricas de química “verde”, que têm o etanol como matéria prima, estão fora dos planos da companhia para o ano.

A empresa já possui uma fábrica de plástico "verde" em operação na cidade de Triunfo (RS) e previa anteriormente a implantação de uma segunda unidade de polietileno e uma terceira fábrica de polipropileno.

A companhia segue os passos de concorrentes, que também suspenderam projetos nesta área. No começo de janeiro, a americana Dow Chemical e a japonesa Mitsui adiaram novamente o projeto de construção de uma fábrica de plástico "verde" no Brasil. Esse complexo, idealizado para ser erguido na cidade de Santa Vitória (MG), estava avaliado pelo mercado em cerca de US$ 1,5 bilhão.

Além da suspensão destes projetos, a Braskem avalia vender ativos para gerar caixa, reduzir alavancagem e elevar o Ebtida, afirmou Fadigas em entrevista após a divulgação dos resultados da empresa no quarto trimestre.

De acordo com o executivo, a companhia vai manter neste ano o "rigor financeiro" iniciado em 2012, quando o grupo decidiu postergar projetos considerados não tão estratégicos.

No ano passado, a companhia vendeu para a Foz do Brasil, que pertence à Odebrecht, dois ativos na área de tratamento de água e afluentes que detinha na Bahia. O grupo também se desfez de 1.500 vagões que mantinha nos Estados Unidos para transporte de produtos químicos.

A empresa vai optar por fazer leasing para o escoamento de produtos, que tem custos menores, do que manter vagões próprios. A desmobilização desses negócios gerou receita de cerca de R$ 820 milhões.

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