A secretária de Transparência e Controle do Distrito Federal, Vânia Lúcia Vieira, abriu auditoria nesta quinta-feira (2) para apurar a compra de até 17 mil capas de chuva por R$ 5,3 milhões, para uso da Polícia Militar durante a Copa das Confederações. A aquisição dos itens foi cancelada pelo governador Agnelo Queiroz nesta quarta, que a considerou um “ato desmedido”, e culminou com a queda do comandante da corporação, Suamy Santana.
“Chama a atenção a quantidade [quase 17 mil capas, quando a PM tem 15 mil membros], o preço e também a questão de especificação. A gente precisa analisar qual é a diferença de uma capa normal para essa, o que justificaria um eventual preço maior da capa de um policial para a que um cidadão comum usa”, disse.
De acordo com a secretária, dois auditores estão voltados exclusivamente para o exame do processo. Vânia disse que, a princípio, a apuração vai se concentrar na compra das capas de chuva, mas futuramente deve se estender a todos os itens envolvidos na licitação. Ela também afirmou que ainda não é possível dar mais detalhes sobre as investigações porque os documentos ainda não chegaram à pasta.
A secretária disse também que ainda não é possível pensar em uma provável punição. “Precisaria haver indícios de que houve má fé. Eu, particularmente, acho que foi falha mesmo. E é um processo mais simples, a princípio, porque ele foi suspenso antes de que houvesse a licitação, antes de dano ao erário. A partir de agora, com a análise da auditoria, poderemos recomendar adequações, sugerir uma nova cotação, por exemplo.”
Vânia disse que pretende concluir as investigações, determinadas pelo governador, até o final da próxima semana. Segundo a Lei de Acesso à Informação, o tempo estimado de resposta é de até 20 dias corridos, que podem ser prorrogados dependendo do caso.
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