Educação a distância estimula novas aberturas de capital

A educação a distância está sendo considerada pelas duas empresas educacionais que estão abrindo seu capital na bolsa de valores como um dos principais motivos para a iniciativa. Os grupos Ser Educacional, pernambucano, e Anima Educação, mineiro, ambos com forte atuação regional, avaliam que o momento é bom para a aplicação desta modalidade de ensino e pretendem utilizá-la como estratégia de atrair novos alunos em novos estados.

Além do crescimento do número de alunos nesta modalidade em todo o país, que tem sido segundo dados do MEC maior do que o crescimento de alunos presenciais, há a expectativa de que o governo federal passe a permitir  no próximo ano a inclusão de cursos a distância nas modalidades de financiamento federal, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que cobra juros de 3,4% ao ano e foi responsável pelo crescimento do mercado educacional desde o início desta década.

O próprio ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou em maio deste ano que seu ministério pretende incluir cursos a distância e de pós-graduação nesta modalidade de financiamento, a depender apenas da definição de critérios para a verificação de presença de alunos a distância.

Segundo o consultor especializado em educação Carlos Monteiro, ouvido pelo jornal Valor Econômico, o ingresso da EAD no Fies é a principal razão para que os grupos entrem na bolsa, já que esta seria uma "janela de oportunidade". Segundo o prospecto distribuído ao mercado pelo Anima, "o EAD tende a agregar uma rentabilidade ainda maior à companhia, uma vez que o seu custo marginal para novos alunos é baixo e suas despesas operacionais serão diluídas pelas despesas da operação presencial".

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