Em 2014, mais crescimento na educação a distância

Anhanguera quer crescer em 2014 por meio da EAD

Num momento de consolidação estrutural, depois de várias aquisições realizadas até 2012 e a fusão anunciada a quase um ano com a Kroton, a Anhanguera Educacional aposta suas fichas na educação a distância para crescer em 2014.

Segundo o balanço a empresa, divulgado ontem, "a operação de polos de graduação EAD apresenta várias oportunidades substanciais de crescimento e melhoria de margens".  A EAD está, segundo o balanço, encabeçando os principais projetos da companhia.

Entre os planos para este ano já revelados no balanço estão a mudança do modelo de entrega dos cursos semipresenciais (de dois encontros por semana para um encontro por semana). A instituição acredita que essa alteração gerará um aumento de margem de lucro de aproximadamente 5 pontos percentuais já em 2014, podendo atingir até 20 pontos percentuais se contado todo o período da formação dos alunos que ingressam. Além disso, a empresa promoverá o lançamento de cursos de graduação 100% online, cujas margens (85%) são ainda superiores ao da modalidade de um encontro por semana (70%).

Segundo o balanço, essa ação gerará melhoria incremental na margem da operação, à medida que a penetração dos cursos 100% online aumentarem. Além disso, a Anhanguera espera a autorização de 223 novos polos junto ao Ministério da Educação, o que dobraria a base de polos atual. Também se pretende a ampliação da base de cursos livres (como os da LFG, também adquirida pela Anhanguera, que focam principalmente em preparatórios para concursos). Quanto aos cursos livres, a Anhanguera pretende focar mais o lançamento de produtos 100% online e a entrada em concursos regionais, já que até o ano passado eram oferecidos apenas cursos preparatórios para concursos nacionais. A ampliação do número de polos prevista para 2014 para a LFG é de 40 novos polos em 2 anos.

Essa ênfase em EAD surge no contexto de outros objetivos, como o aumento de volume de alunos, a melhoria de qualidade acadêmica e de serviços (destacada no balanço na análise do caso Uniban, adquirida recentemente, que elevou o conceito médio de cursos pela avaliação do MEC) e o retorno sobre o investimento, prova unificada, treinamento de corpo docente entre outros.

Segundo o balanço, no quarto trimestre de 2013 a Anhanguera Educacional atingiu Receita Líquida de R$432,4 milhões, crescimento de 19,1% na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, devido ao aumento do ticket médio em 17,9%, somado ao crescimento da base de alunos de 1,0%. Tal variação no número médio de alunos se deve ao crescimento de 7.8% da base de alunos em campus, somado ao crescimento de 11.3% da base de alunos em ensino superior em polos (cursos a distância), efeitos parcialmente compensados pela redução de 46% no número de alunos médio em cursos livres nos polos. A receita líquida atingiu R$1.812,8 milhões, crescimento de 12,8%, devido ao crescimento de 5,4% do número médio de alunos e 7,0% do ticket médio.

O ticket médio passou de R$ 319,4 em 2012 para R$ 341,8 em 2013, refletindo o repasse geral de inflação em todos os cursos, e a maior concentração de alunos em campus em comparação a polos (devido à redução da base de alunos de cursos livres). Em 2013, o ticket médio nos campus, passou de R$409,6 para R$428,9, um crescimento de 4,7%. Nos polos, o ticket médio passou de R$142,7 em 2012 para R$155,6 em 2013.

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