Pesquisa divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) demonstra que cresceu o interesse das empresas no país por funcionários com curso superior. A fatia representada por esses profissionais no marcado cresceu 8,5% em 2011 em relação ao ano anterior.
Já a dos trabalhadores sem diploma, subiu 4,4%. Ainda segundo a pesquisa, a diferença média salarial entre os trabalhadores com e sem diploma era de 219,4% em 2011. O primeiro grupo recebia salário médio de 4.135,06 reais naquele ano, contra 1.294,70 reais, dos demais.
Gênero e formação — O levantamento mostrou, ainda, que um trabalhador assalariado homem ganha 25,7% mais, na média, do que uma mulher assalariada. Apesar da defasagem, em dois anos, o abismo entre os salários de empregados por escolaridade caiu - em 2009, a diferença de salário entre trabalhadores com e sem curso superior era de 225%. Contudo, em 2009, homens ganhavam 24,1% mais.
O salário médio do trabalhador homem em 2011 foi de 1.962,97 reais, enquanto as mulheres tiveram remuneração de 1.561,12 reais. Do total de assalariados, 57,7% são homens e 42,3%, mulheres.
Maiores salários — A administração pública segue pagando os melhores salários do país. O salário médio no setor público em 2011 foi de 2.478,21 reais, contra 1.592,19 reais em entidades empresariais e 1.691,09 reais em entidades sem fins lucrativos. Pelos dados do Cadastro Central de Empresas (Cempre), a média salarial de 2011 ficou em 1.792,61 reais.
Pela ótica dos setores da economia, as empresas de eletricidade e gás pagam os melhores salários. Em 2011, esse setor pagou salário médio de 5.567,73 reais. Em segundo lugar vem o sistema financeiro (4.213,65 reais), seguido dos organismos internacionais, que pagaram, na média, salário 3.725,85 reais em 2011.
Os piores salários estão em hotéis e restaurantes, em atividades administrativas e na agricultura. Quem paga pior é o setor de alojamento e alimentação, com média de 858,92 reais em 2011. Empresas que atuam em atividades administrativas e serviços complementares pagaram 1.110,16 reais em 2011, enquanto a agricultura tinha salário médio de 1.129,84 reais.
Pelos dados do IBGE, o Brasil tem 5,129 milhões de empresas e outras organizações formais ativas. Desse total, 89,9% são empresas - classificadas como "entidades empresariais" -, 9,7% são entidades sem fins lucrativos e apenas 0,4% são da administração pública.
Total pago - A remuneração total do pessoal ocupado nas empresas e outras organizações formais, incluindo tanto assalariados quanto sócios e proprietários, passou de 1 trilhão de reais em 2011. A renda da população ocupada atingiu 1,041 trilhão de reais no ano, alta de 8% em relação a 2010. O salário médio de 2011 foi de 1.792,61 reais, alta de 2,4% em relação a 2010.
Segundo dados do Cempre, em 2011 o Brasil tinha 5,129 milhões de empresas e outras organizações formais ativas. Essas entidades mantinham ocupadas 52,173 milhões de pessoas, sendo 45,184 milhões assalariados.
De 2010 para 2011, o número de empresas permaneceu estável, enquanto o pessoal ocupado cresceu 4,9%. O crescimento dos trabalhadores assalariados foi maior (5,1%) do que o de sócios e proprietários (3,8%).
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