O provedor de serviços digitais Google está sendo acusado nos Estados Unidos de coletar, com finalidades comerciais, dados de alunos usuários de seus apps educacionais. A acusação, que já chegou à Justiça, é de que o Gloogle estaria rastreando e indexando informações e e-mails em bancos de dados desses usuários sem a devida autorização deles. O Google confirma que forma bancos de dados, mas nega que utilize dados dos estudantes para fins comerciais sem o devido consentimento dos donos dos e-mails para receber anúncios, por exemplo.
Um tribunal do estado da Califórnia está ouvindo queixas de que as práticas de coleta de dados por meio do serviço de transmissão de mensagens eletrônica Gmail, uma das principais ferramentas do Google Apps para educação e que é fornecido gratuitamente a milhares de instituições de ensino, violariam leis federal e estadual.
A questão está causando polêmica porque há instituições de ensino que rejeitam a utilização do Google Apps for Education devido a esses motivos, mas há também as instituições que são entusiastas desse conjunto de aplicativos, fornecido gratuitamente para as escolas. Além disso, questiona-se a necessidade da atualização das leis norte-americanas para adaptarem-se aos novos tempos e levanta-se a discussão ética sobre o que seria exatamente invasão de privacidade na internet.
Colaborando para a polêmica, a Microsoft, concorrente do Google, abriu na semana passada seu evento anual focado em educação, oFórum Global Microsoft na Educação, destacando a questão da privacidade dos alunos e prometendo serviços sem segunda intenções comerciais. "Não iremos, em nenhuma circunstância, fazer mineração dos dados dos alunos", afirmou Anthony Salcito, Vice-Presidente de Educação Mundial, da Microsoft.
Segundo Salcito, a preocupação com a privacidade tem gerado barreiras ao desenvolvimento da tecnologia educacional. "As preocupações com a privacidade estão fazendo com que os educadores não aproveitem totalmente da tecnologia moderna nem preparem os alunos para serem bem-sucedidos no mercado de trabalho atual. Ao mesmo tempo, muitas soluções que estão sendo usadas nas salas de aula estão involuntariamente colocando os dados dos alunos em risco", afirmou o executivo.
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