População brasileira "olha menos" para o PIB, diz ministro da Fazenda

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, minimizou nesta quinta-feira (21), durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, os resultados do Produto Interno Bruto (PIB), que avançou somente 0,9% em 2012, no pior desempenho em três anos, e afirmou que a população brasileira "olha menos" para o Produto Interno Bruto (PIB) e presta mais atenção nas condições de vida e a renda.

"A população tem conseguido emprego. O jovem brasileiro, antes, não tinha perspectiva de entrada no mercado de trabalho. Hoje, [os jovens] são disputados a tapa. O trabalhador tem várias alternativas. Nos últimos dez anos, criamos 18,7 milhões de empregos. A população quer saber de emprego e de renda e isso tem sido feito em escala monumental", declarou o ministro da Fazenda.

Mantega declarou ainda que, em 2012, o governo continuou "entregando" emprego e renda, mesmo com um desempenho mais fraco da economia. "No ano passado, criamos 1,3 milhão de emprego e a massa salarial cresceu 6%. É isso que interessa para a população. A política econômica, deste ponto de vista, está muito bem", afirmou.

Recentemente, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o PIB brasileiro vai crescer "porque isso é essencial" e não porque "achamos bonito falar que o PIB cresceu”. "O Brasil está tomando uma série de medidas para melhorar a produção. Nós queremos que o Brasil cresça e quero assegurar que o Brasil vai crescer. Mas vai crescer não porque achamos bonito falar que o PIB cresceu. Vai crescer porque isso é essencial para a melhoria de vida de cada brasileiro, de cada brasileira”, afirmou a presidente na ocasião.

Durante audiência pública na CAE, o ministro Guido Mantega afirmou ainda que todas as previsões, inclusive de analistas do setor privado, apontam para aceleração do PIB neste ano. Pesquisa conduzida pelo Banco Central aponta para uma taxa de crescimento da economia brasileira próxima de 3% neste ano.

"As analistas conseguem fazer melhores previsões com clima de normalidade. Aí conseguimos fazer uma previsão com mais precisão e, mesmo assim, ninguém acerta 100%. Quando tem crise econômica, como essa que começou em 2008, e ninguém consegue fazer previsões exatas da economia", declarou, respondendo a críticas de que ele próprio não acerta as estimativas de crescimento econômico.

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