Publicado em: qua, 24/06/2020 - 16:23
Se há um objeto de estudo – no âmbito corporativo – que demanda os mais divesos tipos de pesquisas, podemos apontar o comportamento no local de trabalho como alvo preferencial.
Alvo de pesquisas e estudos há décadas, é certo que, fortes mudanças ocorreram impulsionadas por debates acerca de direitos trabalhistas e até mesmo sobre atitudes que antes eram consideradas normais e justificáveis, quando atualmente são criminalizadas.
Um exemplo claro desse tipo de mudança de padrão comportamental diz respeito ao Assédio Moral e Sexual no Trabalho. Ou seja, o que antes era algo aceitável, justificável e, por vezes, incentivado, passou a ser crime, devidamente tipificado.
Desde quando a mulher ingressou no mercado de trabalho, algumas discriminações têm sido apontadas por pesquisa e observadas por todos. Até hoje recebem salários inferiores aos de seus colegas homens, e muitas vezes perdem oportunidades de conseguir emprego por terem filhos.
O Código Penal (Decreto-Lei 2.848), que é da década de 1940 somente em 2001, com o advento da Lei No. 10.224, passou a considerar o ato como crime, a partir da seguinte definição:
Art. 216-A. Constranger alguém com intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente de sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerente ao exercício de emprego, cargo ou função.
A pena para esse crime é detenção de um a dois anos. Importante salientarmos que não é necessário que haja uma diferença hierárquica entre assediado e assediante, embora normalmente ocorra.
Para os cinéfilos de plantão que desejarem ter uma ideia de como o comportamento no local de trabalho evoluiu, sugiro que assistam à série “Mad Men”, onde ficam explícitos não só casos de assédio, mas de completa desvalorização da mulher no ambiente corporativo.
Como a série Mad Men é ambientada nos anos 60, em um ambiente corporativo de uma agência de publicidade, a TV era o grande astro a entrar nas casas das famílias americanas. Ou seja, as grandes agências de marketing estavam surgindo e faturando milhões em contas publicitárias como a Ford, American Airlines e outras gigantes que investiam alto em seus anúncios de rádio, TV e jornal.
É interessante analisarmos a evolução do comportamento organizacional e com essa dinâmica, como evoluíram a etiqueta social e profissional. Ou seja, como as mudanças sociais impuseram mudanças evolutivas no comportamento no local de trabalho.
Atualmente passamos de oito a dez horas por dia trabalhando. Esse é o ambiente onde muitos profissionais tomam café, almoçam, e até jantam. Em muitos casos, mesmo as atividades sociais, festas, happy hours, giram em torno da empresa, demonstrando que convivemos muito mais com os colegas de trabalho do que com a família.
É por isso mesmo que temos que preservar um bom clima organizacional em nosso ambiente de trabalho. Atitudes simples – como meditar – podem fazer uma grande diferença. Uma matéria da Revista Você S/A aponta técnicas de mindfulness para pessoas ocupadas como estratégia para reduzir o estresse.
Ficam as dicas, que espero, sejam úteis. Suce$$0 e, vá na Paz!
Juracy Soares
É professor fundador da Unieducar. É fundador e Editor Chefe da Revista Científica Semana Acadêmica.
Graduado em Direito e Contábeis; Especialista em Auditoria, Mestre em Controladoria e Doutor em Direito; Possui Certificação em Docência do Ensino Superior; É pesquisador em EaD/E-Learning; Autor do livro Enrqueça Dormindo.