Migrando para outra atividade e Reposicionando a carreira

Juracy Braga Soares Junior
Publicado em: ter, 23/02/2021 - 10:54

A partir do momento em que me voluntariei - no LinkedIn - a fazer aconselhamentos sobre carreira, passei a receber – com uma certa frequência – pedidos de dicas sobre reposicionamento profissional. Muitas dessas pessoas têm uma dúvida em comum: querem receber orientação sobre como migrar para uma nova atividade profissional.

Se estivéssemos a jogar basquete, poderíamos fazer uma analogia sobre o drible conhecido como ‘Pivot’. O verbo ‘pivotar’ se constitui, pois em neologismo, que remete a ajustes na carreira, tendentes a redirecionar – parcial ou totalmente – a atuação profissional visando aproveitar eventuais nichos identificados a partir de um olhar mais atento para algumas oportunidades.

Se há uma atitude que devemos manter em ‘modo on’, é a atenção para eventuais oportunidades de desenvolvimento de uma nova carreira ou negócio, paralelamente à nossa atividade principal. Ao nos mantermos atentos ao que acontece ao nosso redor, geralmente identificamos nichos em que é possível atuarmos profissionalmente, seja como pessoas físicas; seja desenvolvendo iniciativas empresariais que podem se transformar – até mesmo – em nossa atividade principal no futuro.

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Para sermos objetivos, é possível concentrar um conjunto de recomendações para as chances de reorganização da carreira se materializem. Vejamos a seguir:

Qualificação continuada. Pergunte-se se você se contrataria. Leve em conta sua bagagem de conhecimentos. Você se acha um profissional capaz? Olhando para o seu currículo você identifica que é um profissional que tem uma postura que revele atitude de capacitação profissional continuada? Nos últimos doze meses você vem participando de cursos, palestras e seminários em sua área de atuação? Se não é esse o seu perfil, corrija essa deficiência. Apresentar-se como alguém que zela por sua carreira é fundamental para ocupar as melhores posições no mercado e eventualmente ser convidado a compor novos projetos com colegas ou junto à própria corporação para a qual trabalha;

Networking como ação orientada. As pessoas que compõem seus círculos de relacionamento lhe veem como um profissional habilidoso nessa nova área que pretende atuar? Peça à sua rede de contatos recomendações para atuação na atividade desejada. Manter uma boa rede de relacionamentos não é suficiente se você não orienta sua participação junto à sua rede no sentido de que haja uma via de mão dupla, onde você – ao mesmo tempo em que agrega valor – pode perceber retorno nesse relacionamento;

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Comunique sua intenção à sua rede. Uma das providências básicas para apoiar essa estratégia é você comunicar sua rede de contatos sobre seu interesse, disponibilidade e capacitação para atuar nessa nova carreira que deseja ocupar. Obviamente, essa intenção tem que ser compatível com o que sua rede enxerga em você. Ou seja, se você afirma querer atuar como consultor em uma determinada área, deve ter feito o ‘dever de casa’ antes, deixando sua rede devidamente informada que vem – ao longo de algum tempo – se qualificando para migrar para essa nova fase em sua atuação profissional;

Gestão do tempo. Você é visto como alguém que coordena bem suas atividades? Você cumpre horários? Chega pontualmente aos compromissos profissionais e sociais? Essa é uma qualidade que pode lhe habilitar ou não às novas interações profissionais. Se a sua rede lhe vê como alguém que está sempre se atrasando para compromissos e reclamando que ‘não tem tempo para nada’, certamente não se sentirá confortável para endossar sua candidatura a qualquer tipo de nova atividade profissional;

Tempo de maturação. Conscientize-se que levará algum tempo até você se reposicionar em nova área. Considere realizar uma transição em paralelo, sem que esse movimento atrapalhe sua atividade atual. A dica é procurar agregar valor ao que já faz, entregando mais do que atualmente lhe é pedido. Use bem esse tempo para amadurecer a ideia e reforçar suas competências na direção do que pretende conseguir como profissional;

Atuação como empresa de consultoria. Avalie libertar-se da ideia de que ter uma Carteira Assinada é sinônimo de “segurança” e encare essa nova possibilidade. Apresentar-se como consultor com um CNPJ pode ser uma maneira de facilitar sua contratação por empresas que demandam soluções que você pode entregar com suas expertises profissionais. Nessa linha, pondere sobre a oportunidade de convidar colegas para compor essa nova empreitada. Agir em grupo tem – dentre as vantagens – a possibilidade de somar forças e expertises profissionais, o que pode fortalecer seu posicionamento de mercado; 

Apresente-se como autoridade no assunto. Ao proferir palestras, escrever artigos e ministrar cursos, você desloca – para cima – seu posicionamento profissional. Passa a ser visto como uma referência nos temas em que atua. Ao se dedicar a ensinar, fatalmente terá que capacitar, prospectando o mercado e se reposicionando profissionalmente. Se você é visto como um professor, fica evidente que seu posicionamento está num nível superior ao dos demais colegas. Atente para o fato de que, para ensinar, você passa – naturalmente – a estudar muito sobre os temas que leciona.

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Por fim, aconselho fortemente que – quando novamente possível - cogite realizar um programa de imersão de pelo menos uma semana no exterior (Toronto, no Canadá, é uma excelente opção). Se para você o inglês for uma barreira, talvez Portugal seja a melhor decisão para sua formação complementar no exterior. Certamente aprenderá muito em uma semana de imersão, desde que faça parte de um programa bem orientado.

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Prof. Juracy Soares - e-mail: juracy.soares@unieducar.org.br
Fundador da Unieducar Universidade Corporativa. Doutor em Direito; Mestre em Controladoria; Especialista em Auditoria; Graduado em Direito e Contábeis. Certificado em Docência do Ensino Superior; Pesquisador em e-Learning. Editor-Chefe da Revista Científica Semana Acadêmica. Professor universitário e palestrante internacional. Escritor, autor do livro Enriqueça Dormindo.

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