Revista Semana Acadêmica edição especial Agosto Dourado

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Publicado em: qua, 03/08/2022 - 14:44

Ama e Unieducar lançam a edição especial Agosto Dourado. A Edição Especial da Revista Semana Acadêmica – lançada em agosto de 2022 – é uma iniciativa de cunho científico que tem como objetivo disseminar o conhecimento na área de aleitamento materno.

Os artigos – de autoria de profissionais, pesquisadoras e professoras – versam sobre assuntos relacionados à área, consistindo dos seguintes trabalhos:

AMAMENTAÇÃO: ENTRE O DELEITE DO BEBÊ E A ESCOLHA MATERNA
AUTORIA: Ludmila Tavares Costa Ercolin, Débora Cristine Silva Farias, Elayne Cristina Felix Rangel Marinho, Olga Carpi Souza e Rosely Aparecida Prandi Perrone
RESUMO: Os estudos apontam benefícios a curto e a longo prazo, sejam do ponto de vista orgânico, psíquico e socioeconômico. Ao mesmo tempo, a amamentação é uma ação favorável ao laço mãe-bebê, visto que, antes mesmo de sugar o leite, o bebê alimenta-se do deleite. Na perspectiva do bebê, o aleitamento está associado à função materna, que envolve uma maternagem implicada e um adulto responsivo. Por outro lado, amamentar parece estar relacionada à escolha materna, fundamentada em fatores psicoafetivos, socioculturais, morais e/ou religiosos. Além disso, mesmo que algumas mães compreendam a importância da amamentação, podem surgir sentimentos ambivalentes e conflitos inconscientes, que geram dificuldades na amamentação, inclusive levando ao fracasso. Trata-se de uma pesquisa narrativa que investiga o efeito estruturante da amamentação na função materna e na constituição do sujeito e das questões relacionadas à escolha materna para amamentar. Os resultados indicam que a amamentação é um desafio tanto para a mãe quanto para o bebê. Para o bebê, a amamentação concebe um encontro entre o desenvolvimento corporal e a estruturação subjetiva, enquanto para a mãe, a escolha para amamentar parece estar associada a uma pluralidade de sentimentos, além de questões que vão desde sua própria história constitutiva até o momento vivido, cujo processo é atravessado por fatores psicoafetivos, socioculturais, morais e/ou religiosos. Assim, as questões relacionadas à amamentação estão para além do orgânico e os profissionais que assistem às famílias precisam considerar a subjetividade desta mãe e deste bebê.

A FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL EM SAÚDE: VERTICALIDADE DOS SABERES E SEU O IMPACTO NO APOIO À AMAMENTAÇÃO
AUTORIA: Olga Carpi Souza, Débora Cristine Silva Farias, Elayne Cristina Felix Rangel Marinho e Ludmila Tavares Costa Ercolin
RESUMO: O presente estudo tem como objetivo refletir o atual modelo de formação dos profissionais da saúde, pautado no modelo biomédico que reflete na posição autoritária, unidisciplinar e com intenso uso do aparato que lucra com a doença. A relação profissional-paciente de forma vertical, dificulta o acolhimento, o aconselhamento e, consequentemente, a manutenção do aleitamento materno. A metodologia utilizada foi uma revisão integrativa de literatura, dos últimos cinco anos.  Destaca a importância de aprimorar as habilidades de comunicação dos profissionais de saúde, reformulando o modelo de formação atual em saúde e, assim, viabilizar a ascensão das taxas de aleitamento materno no Brasil.

AVALIAÇÃO DA AUTOEFICÁCIA MATERNA EM AMAMENTAR COM USO DE TECNOLOGIA EDUCATIVA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
AUTORIA: Mariana Gonçalves de Oliveira, Natália Norões Pessoa, Maria Eduarda Rocha Lima, Sabrina Alapenha Ferro Chaves Costa Lima, Anne Fayma Lopes Chaves, Ana Carolina Maria Araujo Chagas Costa Lima e Odete Costa Gomes da Silva
RESUMO: Objetivou-se descrever a avaliação da autoeficácia materna em amamentar, antes e após o uso da tecnologia educativa usando os escores da Escala de Autoeficácia da Amamentação (BSES-SF). Trata-se de um relato de experiência. Assim, o estudo propõe descrever a aplicação de uma tecnologia educativa na modalidade de álbum seriado intitulado “Eu Posso Amamentar o meu filho” entre as mulheres, visando elevar escores de autoeficácia em amamentar pela escala BSES-SF e aumentar a duração do aleitamento materno. Antes da aplicação do instrumento a maioria (80%) das mulheres apresentou alta eficácia, a média eficácia foi observada em 13% das mulheres, e apenas 7% possuíam baixa eficácia. Após a aplicação do instrumento, todas (100%) as mulheres passaram a apresentar uma alta eficácia. Dessa forma foi possível observar que a autoeficácia materna em amamentar das mulheres foi maior após a intervenção educativa, salientando assim, a importância do profissional de saúde enquanto orientador e provedor das informações necessárias.

“MAIS COR, POR FAVOR!” ESTUDO DE CASO: UMA REFLEXÃO SOBRE ATENDIMENTOS DE LACTAÇÃO SOB A PERSPECTIVA LGBTQIA+
AUTORIA: Ana Carolina Lorga Salis, Ana Maria Lorga Salis e Ludmila Tavares Costa Ercolin
RESUMO: A situação atual da população LGBTQIA+ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis, queer e questionando, intersexo, assexual e demais gêneros e orientações sexuais) no Brasil e no mundo grita por socorro e expõe a necessidade urgente de atitudes assertivas. A escassez de estudos sobre a temática LGBTQIA+ na área de saúde e a carência de literatura brasileira a respeito, impactam negativamente na assistência a essa população que demanda particularidades médicas, culturais e sociais. Esse estudo tem o objetivo de fornecer reflexões e referências àqueles que cuidam ou virão a cuidar, de famílias LGBTQIA+. Em um estudo de caso, análises e reflexões estão presentes durante os vários estágios da pesquisa, particularmente quando do levantamento das informações, dados e evidências. A partir da iminente necessidade de formação de profissionais preparados para atender essa população, apresenta uma alusão a um modelo de cuidado inclusivo e integral na área da saúde, dando ênfase a população LGBTQIA+, de maneira que as portas dos espaços de saúde permaneçam abertas às novas configurações familiares e que ao adentrarem em um atendimento, encontrem espaço, aceitação, acolhimento, admiração, competência e respeito. Conclui-se que a discriminação afeta a qualidade da atenção, piora a acurácia diagnóstica, fidelidade do paciente e adesão terapêutica. Falha-se diariamente no cuidado dessas pessoas. Um profissional despreparado pode esmaecer ainda mais quem já se encontra em condição de vulnerabilidade. O trabalho contínuo e árduo pela equidade e normalização de preceitos e particularidades LGBTQIA+ é necessário.

A INFLUÊNCIA DAS AVÓS NO PROCESSO DE ESCOLHA DAS FAMÍLIAS SOBRE ALEITAMENTO
AUTORIA: Júlia Dias Silvestri Vaz Pinto e Ludmila Tavares Costa Ercolin
RESUMO: As avós são figuras que representam apoio e parte do cuidado de muitas famílias mundo afora. Dessa forma, elas desempenham papel de influência em decisões importantes, inclusive no processo de aleitamento materno de seus netos, tanto por ideias e crenças passadas às lactantes, quanto por meio de ajudas práticas. Tal influência pode ser um grande aliado e incentivador do aleitamento, mas também pode ser o oposto, a depender das opiniões e convicções de cada família, e o nível de entendimento que cada um tem sobre o ato de aleitar. Esse trabalho se propõe a esmiuçar em mais detalhes como se dá essa relação entre avós e lactantes, e como ela poderia ser mais proveitosa a fim de proteger o aleitamento.

O IMPACTO DAS REDES SOCIAIS NA PRÁTICA DA AMAMENTAÇÃO
AUTORIA: Odete Costa Gomes da Silva, Mariana Gonçalves de Oliveira e Sabrina Alapenha Ferro Chaves Costa Lima
RESUMO: A prática da amamentação é influenciada por diversos aspectos, tais como: idade, escolaridade, intercorrências mamárias, uso de chupetas, e orientação dos profissionais. Além disso, diante da globalização e a partir da inserção das diversas tecnologias, as redes sociais vêm se tornando um fator que pode influenciar na decisão da mulher em iniciar e manter o aleitamento materno. Objetivou-se neste trabalho avaliar a influência das mídias sociais na prática do aleitamento materno. Trata-se de um estudo quantitativo, com natureza exploratória, realizada por intermédio da sala de apoio a amamentação do Centro Universitário Estácio do Ceará. Os dados foram coletados por meio de uma entrevista semiestruturada, que buscou avaliar a influência das mídias socias no processo de amamentação. A amostra de mulheres entrevistadas, teve como média de idade 28,5 anos. A prevalência do estado civil das participantes se enquadrou em casadas, com renda familiar acima de dois salários mínimos, com nível de escolaridade acima de dez anos. Evidenciou-se a prevalência de primigestas. Concluiu-se que entre as mães entrevistadas a mídia social mais utilizada é o Instagram, e que essas mães que buscam informações nas mídias sociais obtiveram sucesso na dica obtida, facilitando assim, o processo de amamentação.

AVALIAÇÃO DE APLICATIVOS MÓVEIS PARA A PROMOÇÃO DO ALEITAMENTO MATERNO
AUTORIA: Maria do Socorro da Silva Queiroz, Anne Fayma Lopes Chaves, Emilia Soares Chaves Rouberte, Daniela Raulino Cavalcante, Daiany maria Castro Nogueira, Mariana Gonçalves de Oliveria, Bruno de Melo do Nascimento, Thais Correia Monteiro, Sabrina Alapenha Ferro Chaves Costa Lima e Ana Carolina Maria Araujo Chagas Costa Lima
RESUMO: Objetivo: Avaliar a qualidade dos aplicativos móveis sobre amamentação disponíveis eletronicamente. Métodos: Estudo avaliativo de aplicativos móveis disponíveis nas plataformas digitais, realizado por meio da busca nas lojas virtuais Play Store (Android) e App Store (IOS). O instrumento para avaliar a qualidade dos aplicativos foi o Mobile App Rating Scale (MARS). Resultados: 12 aplicativos foram elegíveis e todos foram inseridos na categoria de informação. A maioria apresentou pontuação média de qualidade acima de 3 (10 apps), um obteve pontuação média acima de 4 e um, pontuação média inferior a 3. Os aplicativos tiveram boa classificação no domínio funcionalidade, e apresentaram engajamento e estética aceitáveis. Conclusão: Os aplicativos móveis voltados para amamentação trazem informações que podem esclarecer dúvidas das mães, além de beneficiar a prática profissional no auxílio da prática da amamentação, favorecendo a continuidade da assistência.

A INFLUÊNCIA DO DESMAME PRECOCE NO RISCO DE DESENVOLVIMENTO DA OBESIDADE INFANTIL- REVISÃO SISTEMÁTICA
AUTORIA: Uliana Maria Porto Machado, Ehrika Vanessa Almeida de Menezes, Rebeca Carvalho Caetano Aguiar e Márcia Maria Tavares Machado de Aquino
RESUMO: O crescimento da obesidade infantil nos últimos anos tem se mostrado uma grande preocupação para a sociedade e para o poder público. Estudos demonstram que a menor duração do aleitamento materno e introdução precoce de alimentos sólidos ou fórmulas antes dos 5 meses de idade foram associadas a maior velocidade do ganho de peso. Esta revisão analisa, em literatura recente, o impacto do desmame precoce sobre o desenvolvimento de obesidade infantil. Nos resultados observou-se associação entre tempo de aleitamento materno e fatores exógenos como: atividade física, hábitos alimentares, zona de procedência e familiares obesos sobre o estado nutricional da criança. Pode-se concluir, a partir dos estudos analisados, que o abandono precoce do aleitamento materno pode corroborar para o desenvolvimento da obesidade na infância (p<0,05). Apenas 1 artigo não apresentou relevância estatística entre desmame precoce e desenvolvimento do excesso de peso infantil. Foi constatado fragilidade nos artigos encontrados, de acordo com a avaliação da qualidade metodológica baseada no sistema GRADE, indicando assim necessidade de realização de mais estudos observacionais com uma maior acuracidade e redução de falhas metodológicas.

ATENDIMENTO REMOTO EM AMAMENTAÇÃO E OS DESAFIOS DURANTE A PANDEMIA
AUTORIA: Elayne Cristina Felix Rangel Marinho, Olga Carpi Souza, Débora Cristine Silva Farias e Ludmila Tavares Costa Ercolin
RESUMO: O presente estudo tem como objetivo refletir o atual formato de atendimento realizado pelos profissionais da saúde, através do modelo presencial de manejo na amamentação, que reflete na atuação mecânica do toque para auxiliar as intercorrências vividas pelas lactantes. O acolhimento precoce de ajuda prática no momento oportuno traz benefícios para manutenção do aleitamento materno. A metodologia utilizada foi uma revisão integrativa de literatura, dos últimos dois anos.  Destaca a importância de aprimorar as possibilidades de atendimento às famílias em lactação, reformulando o modelo de atendimento em saúde e, assim, viabilizar a ascensão das taxas de aleitamento materno no Brasil por novas estratégias de telemedicina.

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