Nos finais de semana a dica é: Afaste-se o máximo possível das telas. Abra as janelas. Deixe o sol entrar. Quando e sempre que possível (e seguro), vá até o pátio de seu condomínio ou caminhe na calçada próxima à sua residência. Aproveite o sol entrando por sua janela e exponha-se diariamente.

O home-office vem infligindo um conjunto de efeitos colaterais que podem desencadear transtornos de humor e até de distúrbios de sono. Essas situações são perigosas do ponto de vista de saúde mental.

Quando estamos 24h/dia dentro de casa, o nosso corpo acaba se ressentindo de sinais naturais que recebemos quando estamos numa rotina normal, como o contato com luz solar e outros estímulos que o ambiente ao ar livre pode nos entregar.

Pesquisas apontam que rotinas extensas de trabalho em casa podem se revelar mais extenuantes do que eventualmente poderiam parecer. Dentre os efeitos que a rotina de trabalho remoto pode causar, apontamos:

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Comunicação a distância é mais cansativa
Algumas pesquisas já desenvolvidas apontam que a redução do nível de sensopercepção que ocorre no modo a distância, acaba deixando a comunicação mais tensa e menos descontraída.
Para reduzir esses sintomas, faça uma conversa introdutória em cada reunião via plataformas de teleconferência. Conversar – nos minutos iniciais – sobre amenidades, pode reduzir o estresse dessas interações nada pessoais.

Redução do nível de atividade física
Sempre que as palavras ‘atividade física’ vêm à mente, muitos interlocutores pensam logo em um ambiente de academia, corrida, crossfit etc. Mas a atividade que o nosso corpo desempenha abrange muito mais do que isso. Desde o deslocamento até uma parada de ônibus, passando por eventuais subidas em escadas e outras atividades corriqueiras que passam despercebidos, há muitos outros benefícios que a atividade física entrega. Essas caminhadas simples ajudam a circulação sanguínea e ajudam a manter o sistema cardiovascular.

Saúde mental na pandemia
Certamente muitos estudos científicos ainda serão conduzidos pela Academia, avaliando os efeitos que o isolamento e o distanciamento social provocaram em adultos e crianças. Mas alguns pesquisadores já recomendam a manutenção de uma conexão mínima com o mundo exterior – sempre que possível e seguro – a fim de equilibrar nossa capacidade cognitiva.
O desenvolvimento cognitivo – no ser humano – está associado ao comportamento e capacidade de aprendizado, por exemplo.
Uma das formas recomendadas de zelar de nossa capacidade cognitiva é a dedicação ao aprendizado de uma nova tarefa, como tocar um instrumento, por exemplo.

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Restabeleça a ‘hora do cafezinho’ no modo virtual com os colegas
Talvez essa seja uma das dicas mais simples e eficientes para se colocar em prática em períodos de isolamento. E até mesmo após esse período, quando o home-office for uma realidade. Na verdade, vamos ter que nos readaptar a viver em uma outra realidade profissional. E, nesse meio termo, precisamos de elementos de conexão com o ‘antigo’, capazes de nos transportar para essa nova configuração.
Então, além dos demais cuidados com sua saúde física e mental, talvez a hora do ‘cafezinho virtual’ possa contribuir para um conjunto de ações que vão salvar sua mente do colapso nessa pandemia. Experimente propor aos seus colegas a seguinte dinâmica:

• Duas vezes por dia, combine com os colegas um horário do ‘café’ virtual;
• Nessa reunião, não vale falar sobre coisas sérias. Agora é a hora do cafezinho;
• Evitem – todos – agendar reuniões de trabalho nesses horários;
• Reúnam-se todos juntos, cada um em sua casa, com uma xícara de café ou chá;
• Comecem a conversa com um ‘brinde’ de café;
• Definam um tempo de duração das conversas. Entre 15 a 20 minutos;

O (re)estabelecimento de rotinas simples como essa (ou outras que vocês costumavam manter em suas empresas podem ser cruciais para a manutenção de uma condição de saúde mental. A (re)conexão com colegas e até com o ‘ambiente’ de trabalho pode ser uma valiosa (e poderosa) atitude em prol de nossa sanidade psicológica.

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Essas não são dicas de Psicologia. São insights de quem entende muito do ambiente profissional que permeia a vida de pessoas que estavam acostumadas a passar mais tempo no trabalho do que com suas famílias. Encontrar agora – nesse estágio de guerra em que vivemos – algum sentido e rotina que nos conecte com o passado, para nos encaminharmos ao futuro, é algo que devemos buscar.

Prof. Dr. Juracy Soares
É professor universitário. Professor fundador da Unieducar. Fundador e Editor Chefe da Revista Científica Semana Acadêmica. Graduado em Direito e Contábeis; Especialista em Auditoria, Mestre em Controladoria e Doutor em Direito; Possui Certificação em Docência do Ensino Superior; É pesquisador em EaD/E-Learning; Autor do livro Enrqueça Dormindo.