Publicado em: qui, 18/03/2021 - 10:14
Um amigo falou que não conseguia vender pelo site; só pelo Instagram e WhatsApp. Aí, quando acessei o site dele, percebi que não havia lá um botão ‘COMPRAR’. Então eu perguntei: “Como você quer vender pelo site, se você não oferece um botão de compra?”
Sabe o que havia no site? Um formulário de ‘entre em contato’!? Me lembrou daquelas empresas que – na década de 1.500, quando Cabral chegou por aqui – só ‘informavam o preço pessoalmente’. Pois é, por incrível que pareça, em pleno século 21, há empreendedores que simplesmente ‘aperfeiçoaram’ essa ‘estratégia’. Dá para entender? Ou seja, esse amigo levantou uma muralha para impedir que os clientes que eventualmente chegassem à sua loja online pudessem ali adquirir produtos.
Outro amigo que vende móveis para escritório me falou a mesma coisa. Que não conseguia vender pelo site, só pelas redes sociais e WhatsApp. E acrescentou que – com a pandemia – os móveis que ele vende (para escritório) deixaram de ser necessários. Acessei o seu site e digitei o argumento de pesquisa ‘móveis para escritório em Fortaleza’. Percebi que a empresa dele era uma das que era exibida pelo Google (na primeira página) a partir dessa palavra-chave. Contudo, ao pesquisar ‘móveis para home-office em Fortaleza’, o Google mostrou os seus três principais concorrentes, mas não a sua empresa.
Essa situação é bastante comum e pode ser explicada pela falta de ações de SEO (1) simples, mas cruciais. Algumas dessas, você terá que conversar com o profissional que lhe atende com o seu site. Mas, a maioria dessas são simplesmente o SEU DEVER DE CASA. Vamos analisar algumas:
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URL E IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO OU SERVIÇO
As pessoas procuram na internet digitando palavras-chave. Como dito acima, se você quer comprar uma cadeira para escritório, certamente vai digitar essa frase em seu buscador. Mas, se estiver com a necessidade de adquirir uma cadeira para home-office, talvez digite a seguinte palavra-chave: ‘cadeira para home office em Fortaleza’.
Mas, o que é que a URL tem a ver com o assunto? Simples! Se a URL do seu produto for ‘www.suaempresa.com.br/cadeira-para-escritório’ obviamente terá infinitamente mais chances de ser encontrado do que se a URL fizer alusão ao código do produto de seu carálogo de produtos, tipo: ‘www.suaempresa.com.br/ref-xyz1234567’. O motivo é óbvio! Ninguém jamais vai digitar o argumento de busca ‘ref-xyz1234567’ para pesquisar por cadeira de escritório.
Perceba que a primeira função da URL é ajudar o Google a entregar o que o consumidor quer. E se a URL já está de acordo com a palavra-chave digitada, é meio caminho andado. Sacou?
Tá, mas aí você pode dizer: “Ok, mas todos os meus produtos cadeira para escritório já estão cadastrados com descrições que trazem o nome do item mais a referência do produto. O que eu posso fazer para ajustar para que sejam exibidas nas buscas por itens com o argumento de busca ‘home-office’”?
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Você pode replicar os itens em seu site, oferecendo-os em outra URL que exiba o argumento de busca que pretende alcançar. Vamos a um exemplo?
Supondo que você tenha o item: ‘cadeira para escritório secretária Ref-xyz1234567’
A URL gerada é a seguinte:
‘www.suaempresa.com.br/cadeira-para-escritório-secretaria-Ref-xyz1234567’
Você pode replicar este mesmo item em seu site, agora com a seguinte descrição:
‘cadeira para escritório home office Ref-xyz1234567’
Dessa forma, o ‘novo’ produto passará a ser exibido a partir da seguinte URL:
‘www.suaempresa.com.br/cadeira-para-escritório-home-office-Ref-xyz1234567’
Esse ajuste simples vai informar ao Google que o seu site agora possui um produto que é compatível com o que os seus clientes estão buscando.
DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU SERVIÇO
O site deve possuir uma descrição de cada produto ou serviço. Aqui, um erro comum que as empresas cometem é simplesmente ‘copiar e colar’ as descrições que já constam dos sites dos fabricantes. Tomando por base o exemplo da cadeira para escritório, o erro crasso aqui é a empresa (lojista) publicar o item usando a descrição que buscou no site da fábrica.
Sabe aquela expressão ‘além de queda, coice!’. Pois é perfeitamente aplicável nesta situação. Motivo? Simples! O Google aceita que você copie e cole. Massssss.... valoriza o que é novo; autêntico; autoral; inédito. Sacou? E, como o Google sabe tudo o que já foi escrito, assim que detecta que aquilo foi copiado e colado, ao invés de melhorar o ranqueamento de SEO do seu site, acaba rebaixando.
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Então, o ideal é que cada produto ou serviço tenha uma descrição autoral, sem Ctr+C Ctr+V. Dedique um tempinho para editar todas as descrições dos seus itens no site para melhorar o ranqueamento de sua página. No pain, no gain!
GESTÃO DE SEO
Tudo o que fazemos em internet deve levar em conta os melhores caminhos que as técnicas de SEO – Search Engine Optimization (otimização de motores de busca – leia-se ‘Google’).
Dentre as regras mais básicas de SEO, podemos citar as medidas de atração de tráfego em médio e longo prazo (de maneira orgânica). Essas são as formas prioritárias que devemos buscar, por vários motivos, dentre os quais saliento:
- São mais efetivas;
- São mais baratas;
- Consumem menos energia; e
- Geram muito mais ganho.
São mais efetivas porque acabam contribuindo para a construção de canais de tráfego orgânico, que é aquele que realmente devemos buscar. A diferença entre tráfego orgânico e o de anúncio, por exemplo, é que o primeiro (orgânico) é o que é entregue pelo Google a partir do momento em que esse motor de busca identifica naquela página um conteúdo relevante, autoral e, que, por isso mesmo, merece ser exibido quando alguém procura algo na web.
Experimente digitar em seu computador, lá na guia de pesquisas do Google os termos os quais o seu cliente procura por sua empresa. Veja se a sua empresa aparece na 1ª página de resultados que o Google exibe.
ANÚNCIOS PAGOS. FAZER OU NÃO FAZER, EIS A QUESTÃO
Anúncios são o que podemos chamar de ‘voo de galinha’. Demandam muito esforço e entregam resultados efêmeros e de curto alcance. Devem ser feitos? Sim! Mas são parte de um conjunto de ferramentas que é construído com todas as técnicas de SEO.
Então, uma campanha baseada em sorteios, por exemplo, é algo que demanda muito esforço para pouquíssimo ou nenhum resultado. Com isso, não estou a dizer que não venha a ser realizada. Só que, isso deve ser feito após todas as demais providências com a infraestrutura do site e técnicas de SEO estiverem resolvidas.
SEO BLOGGING
Esse mesmo amigo que me falou que não conseguia vender pelo site, atribuindo toda a culpa ao programador, mantinha um blog sem um único artigo publicado. Ora, se você tem um setor em sua empresa sem nada a exibir, melhor desativá-lo do que mantê-lo ativo. Isso demonstra falta de zelo com a imagem da empresa.
Enquanto muitos empreendedores se encantam (e perdem dinheiro) com postagens em redes sociais, negligenciam uma ferramenta poderosa de atração de tráfego qualificado (aquele que compra e deixa dinheiro na firma). É desalentador assistir ao mesmo filme. Muitas empresas pagando fortunas para ter ‘likes’, quando poderiam estar ganhando dinheiro com muito menos investimento.
É óbvio que as regras de autoria (ineditismo) que citamos acima valem (muito) para os posts no Blog. Contudo, um artigo (autoral) escrito, vai gerar resultados para os próximos dez anos.
Quer uma prova do que estou dizendo? Digite aí no seu navegador a seguinte frase:
“Pobres pagam mais imposto que ricos no Brasil. Mulheres negras são especialmente afetadas.”
Agora a prova dos nove: digite aí uma frase de uma postagem de sua empresa no Instagram para ver o que volta de resultado. É ZERO, não é?
Sugiro que o empreendedor escreva – uma vez por semana mês – um texto curtinho, de cerca de 500 palavras, para publicar em seu Blog. Nesse texto, o empreendedor pode indicar de 2 a três cursos para que os interessados complementem o interesse no assunto, inscrevendo-se em seus cursos online.
Eu mesmo posto entre 2 a 3 artigos por semana no meu Blog da Unieducar. Veja o artigo que publiquei ontem, com o título: O SUS não foi privatizado em 2020 por isso.
Observe que – no texto do artigo – eu insiro links para curso que estão relacionados aos temas tratados no meu artigo.
E, para além disso, é muito importante – já com o artigo publicado – fazer um post em outras redes, principalmente no LinkedIn, que chame a atenção do leitor para o artigo. Há muito tempo eu publico artigos no LinkedIn. Mas, com o tempo, percebi que aquela rede mudou o algoritmo e passou a exibir – cada vez menos – os artigos que são postados diretamente por lá. Isso ficou evidente quando a taxa de leitura dos artigos foi repentinamente caindo, na mesma medida em que a taxa de visualização de posts curtinhos subiu.
O que passei a fazer? Passei a indicar os links dos artigos como post. Posteriormente percebi que, com títulos mais provocativos e que chamem mais pelo lado emocional, os artigos teriam mais adesão. Aí eu fiz mais um pequeno ajuste: Passei a não só postar o link para o artigo, comecei a selecionar fotos mais atraentes e, PRINCIPALMENTE, escrevi até o limite dos 1.200 caracteres (no Instagram é de 2.200) um resumo ou introdução ao tema. Resultado? Olha só: o artigo que mais rendeu visualizações foi o seguinte:
Tenho dinheiro para comprar 2 hospitais, mas não tenho leito para minha mãe
No momento em que redijo este e-mail, o artigo tem 962 visualizações, quando a média dos anteriores é de 120.
MAS CUIDADO! ESSES ERROS NÃO PODEM SER COMETIDOS:
Publicar como artigos trechos de artigos já publicados anteriormente em outros posts seus. O Google vai identificar essa postagem como ‘plágio’ e o efeito será o contrário do esperado. O título deve ser algo que chame a atenção do público. Títulos que eventualmente abordam temas curiosos são os que chamam mais atenção.
No instagram é possível indicar, em vez de unicamente o site, uma árvore de links. Use qualquer dos aplicativos disponíveis, como o LinkTree e o LinkMeBio etc. Lá, você pode construir uma árvore de links para seus produtos, serviços, cursos, blog etc.
LINK BUILDING
A técnica de Link Buiding (2) ou construção de links é algo valiosíssimo. Se você consegue publicar links em sites que possam direcionar usuários para as suas páginas, isso mostra ao Google que o seu site é recomendado por outros sites. E isso deve ser feito de forma conjunta ou recíproca, de modo que os esforços não só se somem, mas que se alinhem em uma direção que seja capaz de atrair cada vez mais tráfego orgânico qualificado.
Você também pode, em cada artigo, deixar links para outros artigos em seu próprio site, encaminhando o cliente que procura por ‘cadeira home office’ para um artigo que fale sobre ‘ergonomia’. Essa é uma técnica que o Google vai identificar e valorizar, o que melhorará ainda mais a sua posição no Page ranking do Google.
Bom, aqui são algumas sugestões que cobrem ‘a ponta do iceberg’. Se você quer aprender mais sobre o assunto, recomendo que comece pela leitura do ‘A Cauda Longa’, do Chris Anderson
Quer saber mais sobre o tema? Quer sugerir temas para outros posts? Entre em contato conosco!
Prof. Dr. Juracy Soares
É professor universitário. Professor fundador da Unieducar. Fundador e Editor Chefe da Revista Científica Semana Acadêmica. Graduado em Direito e Contábeis; Especialista em Auditoria, Mestre em Controladoria e Doutor em Direito; Possui Certificação em Docência do Ensino Superior; É pesquisador em EaD/E-Learning; Autor do livro Enrqueça Dormindo.
REFERÊNCIAS:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Otimiza%C3%A7%C3%A3o_para_motores_de_busca
https://en.wikipedia.org/wiki/Link_building