“Zara Zerou” e o racismo estrutural no Brasil

Williane Marques de Sousa
Publicado em: ter, 26/10/2021 - 16:38

“Zara Zerou” é um código anunciado no alto falante das lojas Zara, para alertar os funcionários a ficarem de olho em pessoas "suspeitas". Uma investigação policial concluiu que essa ação é um tipo de política de segurança da loja, porém, com viés discriminatório: o código era anunciado quando pessoas mal vestidas, com roupas simplórias ou pessoas negras entravam na loja. A partir daí, a pessoa deixava de ser tratada como cliente e passava a ser considerada nociva ao atendimento normal da loja.

Essa prática foi descoberta após o gerente de uma das lojas Zara, em Fortaleza, ter sido indiciado por racismo contra a delegada Ana Paula Barroso, que foi impedida de entrar no estabelecimento, sob a alegação de estar com a máscara baixa. Essa justificativa foi desconsiderada, pois existiam, naquele momento, outras pessoas brancas e bem vestidas também com a máscara baixa circulando normalmente na loja. 

Essas práticas discriminatórias, muitas vezes discretas, são corriqueiras na nossa sociedade e são frutos de uma herança preconceituosa que vem desde a escravidão. É o chamado “Racismo Estrutural” que pode ser definido como um conjunto de práticas históricas e culturais de uma sociedade que colocam um grupo em situação de inferioridade e o tratam com desprezo e discriminação.

Quando essas práticas preconceituosas são praticadas nas empresas, órgãos públicos governamentais e universidades, recebem o nome de “Racismo Institucional”.

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Williane Marques - Estudante de Direito

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